quinta-feira, 26 de maio de 2016

Fatos sobre os assentamentos israelenses


Desde o governo Shamir (1990), apenas 3 novos assentamentos foram construídos por Israel.
O número de assentamentos vem de um relatório da organização anti-Israel Peace Now de 19 de abril de 2012. ("For the First Time Since 1990 – the Government is to Approve the Establishment of New Settlements")

De acordo com o negociador palestino Saeb Erekat, os assentamentos israelenses ocupavam apenas 1,1% dos territórios em disputa quando o último levantamento foi feito, no ano de 2011.
Sobre a área ocupada pelos assentamentos, a informação foi retirada de uma notícia do jornal israelense de extrema-esquerda Haaretz, que reproduziu uma entrevista do negociador oficial da Autoridade Palestina, Saeb Erekat, na rádio árabe As-Shams
"Erekat stated furthermore that despite Israel’s continual policy of “occupation and settlement building,” an aerial photograph provided by European sources shows that settlements have been built on approximately 1.1% of the West Bank, thus legitimizing the Palestinian demand for a withdrawal to borders based on the June 4, 1967 borders."


Os assentamento não são responsáveis pela violência árabe e tampouco são um empecilho à paz
Quando a OLP  foi criada, em 1964, a Cisjordânia (Judéia e Samaria) e a parte oriental de Jerusalém estavam sob controle jordaniano, enquanto a Faixa de Gaza estava sob controle egípcio. Na mesma época a organização redigiu uma carta com seus objetivos e crenças (Palestine National Charter of 1964). Todos os territórios que os árabes hoje chamam de "territórios palestinos ocupados" estavam sob controle da Jordânia e do Egito e, mesmo assim, nenhum país exigia a sua entrega. Nem mesmo a própria OLP:
“Esta organização não exerce qualquer soberania territorial sobre a Cisjordânia no Reino Hachemita da Jordânia, sobre a Faixa de Gaza ou sobre a área de Himmah. Suas atividades serão no nível popular-nacional, nos campos organizacionais, políticos, financeiros e de libertação.”  
Artigo 24 do Palestine National Charter 


De acordo com as palavras da OLP, a organização não só não exercia "qualquer soberania" sobre os territórios que hoje exige de Israel, como também não fazia qualquer menção a um desejo de exercê-la. Ela simplesmente declara que a Cisjordânia é território jordaniano e que as "suas atividades serão no nível popular nacional, nos campos organizacionais, políticos, financeiros e de libertação." 

Se os árabes-palestinos não desejavam tomar o controle de Jerusalém oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza, o que queriam libertar então? O artigo 17 do mesmo documento responde esta questão:
“A partilha da Palestina, ocorrida em 1947, e o estabelecimento de Israel são ilegais, nulos e sem efeito.”
Artigo 17 do Palestine National Charter 


Na mentalidade árabe a criação de um segundo estado árabe-palestino sempre foi apenas "um meio para continuar nossa luta contra o Estado de Israel". E desde 1964 até os dias de hoje nada mudou. 
Em julho de 2013 o presidente da Autoridade Nacional Palestina declarou a um jornal árabe que palestinos e jordanianos são a mesma coisa, mas afirmou que a Jordânia não será o estado "palestino":

عباس اكد ان الكونفدرالية او الفدرالية غير مطروحة مع الاردن فنحن شعب واحد في دولتين وقد تجاوزنا كل ما يتعلق بالوطن البديل الى غير رجعة ولا توجد هجرات فلسطينية للاردن مطلقاً، فصمود شعبنا ندعمه بكل الاشكال


Abbas Zaki, membro do comitê central do "moderado" Fatah de Mahmoud Abbas, é ainda mais claro em uma entrevista na al-Jazira em 2011: 


...Quando dizemos que a solução deve ser baseada nessas fronteiras [de 1967], o presidente [Abbas] entende, nós entendemos e todos sabem que o "objetivo maior" não pode ser alcançado de uma vez só. Se Israel se retirar de Jerusalém, retirar 650.000 colonos e desmantelar o muro... o que será de Israel? O país acabará. 
Quem está nervoso e irritado agora? Netanyahu, Lieberman, Obama... todos esses vermes.... Nós deveríamos nos alegrar em ver Israel perturbado.Se alguém disser que quer "varrer" Israel... é muito difícil. Não é [uma política] aceitável dizer isso. Não diga essas coisas ao mundo, guarde consigo. Eu quero as resoluções que todos concordam. Eu digo para o mundo, para o quarteto e para os EUA: vocês prometeram e se transformaram em mentirosos.

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